
- Vamos visitar o Rocha Faria na próxima quinta-feira. Além disso, estamos convidando as secretarias municipal e estadual de saúde para debater a questão dos leitos no estado. As unidades de saúde estão superlotadas, a situação não pode ficar assim - disse o vice-presidente da comissão, deputado Pedro Fernandes.
A deputada Janira Rocha esteve com a família de João Paulo e ofereceu assistência jurídica e orientação para que eles busquem seus direitos. Eles pretendem processar o estado.
- Esse caso é muito chocante. Mas infelizmente não é uma exceção, é uma regra. Com a falta de recursos, existem vários pacientes que, como ele, são escolhidos para morrer. A estrutura de saúde do estado não comporta a demanda - afirmou Janira.
O irmão da vítima, Edison Bruno Silvério, vai à 36ª DP (Santa Cruz), ainda hoje, para entregar a certidão de óbito de João. A partir de então, o delegado dará andamento às investigações. O Ministério Público Estadual também já foi acionado.
- Os funcionários do Rocha Faria não têm culpa. Com a superlotação da unidade, principalmente depois do fechamento do Hospital Pedro II, eles não têm condições de trabalhar. Enquanto uma medida não for tomada, pessoas vão continuar morrendo por falta de cuidados - argumentou o autor da representação no MP, Adelson Alípio, coordenador do Movimento em Defesa da Reabertura do Hospital Estadual Pedro II.
O diretor do Hospital Rocha Faria, José Macedo, informou, por meio de nota, que vai abrir uma sindicância para apurar a questão. Todos os profissionais envolvidos serão ouvidos no prazo de 30 dias. Ainda segundo o diretor, caso comprovado que o protocolo de assistência não foi seguido, os responsáveis serão punidos.
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