Acesse nosso site

Acesse www.oesteemfoco.com.br

terça-feira, 3 de maio de 2011

Paciente morre 20 minutos depois de ter recebido alta no Rocha Faria

João Paulo de Paiva Silvério foi internado no Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro no último dia 22 de abril, na época estava bastante debilitado, apresentando complicações da Aids e com tuberculose, mas ainda estava consciente. Sete dias depois, o homem de 34 anos recebeu alta e foi levado para casa em uma ambulância contra a vontade da família. João já não se comunicava nem expressava qualquer reação. O paciente faleceu 20 minutos após sua chegada a residência, segundo informação da família .

"A gente não queria que ele saísse do hospital porque ele estava muito mal. A assistente social afirmou que se não o buscássemos, seríamos processados por abandono. Quando a ambulância chegou, foi uma surpresa. João Paulo parecia muito mal, inconsciente. O enfermeiro disse apenas 'não é problema meu'", contou Ana Paula Silva Félix, de 29 anos, cunhada da vítima.

Entre as inúmeras reclamações da família está o mau atendimento recebido no Rocha Faria. O irmão de João Paulo, Edison Bruno Silvério conta que os enfermeiros não auxiliam no tratamento do paciente, e que ele é quem tinha que dar banhos e colocar fraldas no irmão. A alimentação do paciente também era feita pelo irmão.

Indignado, Edison registrou ocorrência na 36ª DP (Santa Cruz) e a família pretende ainda acionar o Ministério Público. "Queremos evitar que isso aconteça com outros pacientes. Como é possível dar alta a uma pessoa que está morrendo? Negar atendimento, uma chance de sobrevivência?", desabafou Ana Paula.

O diretor do Hospital Rocha Faria, José Macedo, afirmou em nota que João Paulo teve alta no dia 26 de abril "porque tinha o quadro estável e sem qualquer intercorrência que justificasse a necessidade de permanecer internado". Segundo a nota, "o paciente deixou a unidade lúcido, orientado, respirando normalmente e estável".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não permitimos palavras de baixo calão, nem acusações sem a apresentação dos fatos.