A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro negou nesta segunda-feira a morte de uma segunda vítima do acidente com um brinquedo em um parque de diversões em Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, na madrugada de domingo. O óbito havia sido informado pela delegada titular da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), Adriana Belém. Mais tarde, a própria delegada corrigiu a informação e afirmou que o dado equivocado havia sido passado pelo hospital Miguel Couto, onde Daiane Mesquita, 17 anos, está internada com traumatismo craniano.
O acidente aconteceu por volta das 2h30 de domingo, quando um dos carrinhos do brinquedo Tufão se soltou enquanto girava no ar e atingiu Alessandra da Silva Aguilar, 17 anos, que estava na fila da bilheteria. Ela morreu na hora. Outras oito pessoas ficaram feridas. Vítor Oliveira, 16 anos, também sofreu traumatismo craniano e está internado em estado grave no Hospital Miguel Couto.
A proprietária do parque, Maria Glória Pinto, é esperada no local onde funcionava o centro de diversão para colocar todos os brinquedos em funcionamento para inspeção da Polícia Civil. De acordo com peritos, nenhum dos aparelhos tinha condição de funcionar.O engenheiro responsável pelo laudo que certificou a segurança do equipamento e a proprietária do parque serão levados para prestar depoimentos na 42ª DP, que investiga o caso. O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) abriu investigação para analisar a conduta do engenheiro, que pode perder a licença do órgão.
O parque não tinha alvará da prefeitura para funcionar. segundo testemunhas, mais de 2 mil pessoas estavam no terreno na Estrada dos Bandeirantes, onde ocorria uma festa agostina.
Adolescente atingida é enterrada
O corpo da estudante Alessandra da Silva Aguilar, 17 anos, foi sepultado no Cemitério de Inhaúma, zona norte do Rio, na manhã desta segunda, ao som do hino do Vasco, o clube do coração da jovem. Cerca de 150 pessoas acompanharam o cortejo.
O pai da vítima, o tenente reformado da Polícia Militar Carlos Augusto Aguilar, 53 anos, disse que não foi procurado pela polícia, mas que torce por uma rápida investigação para evitar que o parque funcione em novo local e possa vitimar outras pessoas. "Chorei mais nas últimas quatro horas do que nos meus 53 anos de vida", disse.
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