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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ameaças afastam fiscais


Detro comprará helicóptero e pedirá ao Bope que proteja pessoal que age contra piratas


Para tentar frear a violência contra fiscais que atuam na repressão contra veículos piratas no Rio, o Detro comprará um ‘caveirão aéreo’ e pedirá ao Bope que dê cobertura às equipes, com seus veículos blindados. 

Segundo o presidente do Detro, Rogério Onofre, nos últimos quatro anos houve cerca de 400 atentados a tiros, tentativas de atropelamento, ameaças e sequestros-relâmpago de agentes. Além disso, veículos apreendidos por eles foram resgatados.




PMs apoiam blitz em Santa Cruz: tensão
Onofre revela que, dos 120 fiscais contratados em 2007, 80 (66%) pediram demissão e tiveram que ser substituídos. A maioria deles fora ameaçada de morte. 

Nos quatro anos, um fiscal foi assassinado, e um PM que dava cobertura a uma blitz quase morreu queimado numa Kombi apreendida. Somente 10% dos relatos, porém, foram registrados em delegacias. “Os funcionários travam uma luta de guerrilha diariamente com grupos criminosos ligados a milicianos e traficantes”, diz Onofre.


Perigo na Zona Oeste
As áreas mais perigosas para a repressão de transporte ilegal são Campo Grande, Bangu e Santa Cruz, no Rio, e Niterói e São Gonçalo, também na Região Metropolitana.

O helicóptero será blindado e equipado com câmeras de longo alcance, filmadoras e computadores de última geração. “A aeronave será de extrema importância no combate aos bandos armados”, diz Onofre. 

Hoje, o Detro tem apoio do Batalhão de Choque ou do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv). Quinta-feira, policiais do BPRv armados de fuzil deram seguranças a fiscais numa blitz em Santa Cruz. 

Lá, em meia hora, 33 vans e Kombis piratas foram apreendidas. Na terça-feira, um Peugeot que fazia lotadas ilegalmente foi incendiado quando já estava em cima de um reboque, em Niterói.

Viva Voz: X., policial militar, 31 anos

“Durante uma blitz do Detro em que eu era um dos PMs que davam cobertura aos fiscais, em Bangu, em dezembro de 2008, um motorista tentou fugir da fiscalização. Eu consegui entrar na Kombi em movimento, mas ele seguiu para a Favela Vila Aliança e abandonou o veículo.

Enquanto eu tentava ligá-la para sair da comunidade, o motorista voltou, jogou gasolina e tacou fogo. Tive dificuldades para sair, mas escapei ileso. Foram momentos de pânico. Também já tentaram tomar minha arma e quase fui atropelado por topiqueiros em fuga várias vezes”.

Para despistar, veículos sem logotipo

As quadrilhas monitoram a saída de PMs de batalhões para dar apoio às blitzes do Detro e contam até com grupos armados que resgatam veículos rebocados a caminho de depósitos. Em pouco mais de dois anos, oito veículos piratas foram retirados de reboques por bandos.

“Olheiros ficam diariamente de plantão em motos na beira das estradas e avisam nossos itinerários a comparsas por meio de radiotransmissores”, diz a coordenadora de Fiscalização do Detro, Marli de Sousa. Por conta disso, boa parte dos carros dos fiscais passou a circular descaracterizado.

A organização criminosa conta ainda com homens que incitam passageiros contra os fiscais. “A todo momento, homens estranhos rondam os locais das blitzes, insinuando que sabem onde moramos e que vão nos pegar”, revela a fiscal A., 26.

“Não sei até onde teremos forças, mas não vamos sucumbir às intimidações. Vamos é reforçar cada vez mais as ações, pois temos o apoio do governo do estado e da população”, garante Rogério Onofre.

Profissionais já escaparam até de linchamento
7/7/2009
Homens armados, em um Ecosport, interceptaram reboque e resgataram Kombi que havia sido apreendida em Campo Grande.




Fonte: O Dia

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