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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Aplausos e muito samba no pé é com a Mocidade Independente de Padre Miguel

As alegorias da Mocidade Independente de Padre Miguel, quarta escola a entrar na avenida no Carnaval do Rio, já à 1h30 da madrugada deste domingo, retratam as obras do pintor paulista Candido Portinari com o enredo "Por ti, Portinari: Rompendo a Tela, à Realidade".

A Mocidade quer quebrar o jejum de quase 10 anos sem desfilar no sábado das Campeãs e promete um desfile bastante colorido. A comissão de frente traz esboços das pinturas do artista nascido em Brodósqui, cidade a 330 quilômetros da capital paulista. Os 264 ritmistas da bateria dos mestres Dudu e Bereco estão vestidos de pincéis, com a palheta de cores de Portinari espalhada até o rosto. Elza Soares é um dos destaques.

Até o rosto estará pintado. Já a comissão de frente fará uma performance de um esboço do artista que assina uma obra de arte na passarela do samba. “A comissão de frente é um esboço, um estudo que o artista faz e joga de lado. A comissão realiza uma obra na Avenida”, disse o carnavalesco Alexandre Louzada.

Ao falar de Candido Portinari, a Mocidade quer celebrar um dos maiores nomes da pintura brasileira e fará menção às grandes obras do artista que retratou a realidade de muitos trabalhadores brasileiros. A obra dos retirantes estará representada na quinta alegoria. Com esculturas dos personagens nordestinos de cinco metros de altura, este foi um dos primeiros carros, com mais de 30 metros de comprimento, a ficar pronto e funde dois quadros “Criança Morta” e “Retirantes”

Em uma outra alegoria feita de juta e palha, Louzada mescla três obras: “Café”, “O Mestiço” e “O Lavrador de Café”. Este é o segundo carro, seguido pela alegoria que faz menção ao painel “Descobrimento” que fica na Biblioteca do Congresso americano em Washington. “São índios assustados com a chegada do homem branco. A caravela é uma pessoa que vem em destaque no carro”.

A fase do artista como muralista é também lembrada na quarta alegoria de mais de 20 metros de comprimento e se inspira nos azulejos da igreja da Pampulha, em Belo Horizonte, e no Palácio Capanema, no Rio de Janeiro. O lado ilustrador de Portinari também terá destaque na Avenida com uma alegoria que leva o cavalo de Dom Quixote, com rabiscos de lápis de cor e giz de cera. Portinari foi convidado para ilustrar uma versão de Dom Quixote de La Mancha, livro de poesia escrito por Carlos Drummond de Andrade.

Já na vivência de Portinari no Rio de Janeiro, o pintor retratou a vida de muitos morros cariocas. Essa sua fase é ilustrada na penúltima alegoria “O Morro”. E para encerrar o desfile, a alegoria com cavalos projetados para fora da tela, Louzada retrata o famoso painel Guerra e Paz que está na sede da ONU em Nova York.
Mocidade, apresenta o Artista Plástico Cândido Portinari em grande estilo.

 

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