"Sabe aquele seu maior problema? Então, ele fica lá no alto da montanha e você voa com o parapente". Assim Alexandre Lima, de 44 anos, define o prazer da prática do esporte.
O pensamento tem paralelo com a vida de Alexandre. Ele deixou na montanha, em 2006, a morte de três filhos, a depressão e o envolvimento com drogas. No voo, descobriu um novo meio de vida, ensinando as pessoas a deixarem os problemas para trás.
— Não existe terapia melhor. Recomendo em todas as palestras que faço. Subir a montanha e deslizar de lá pelo ar, ter o visual lá de cima, faz qualquer problema parecer pequeno — diz.
Terapia individual e familiar. Na casa do empresário José Aquino, o parapente aproximou, no vento, ele dos sete filhos.
— Eu estava buscando uma atividade para fazer com meus filhos. Comecei em São Conrado e depois vim para cá — disse.
Aquino também fez do parapente sua forma de vida. Ele se profissionalizou, virou piloto de manobras e testes e abriu a segunda fábrica de parapentes existente no país.
Na Zona Oeste, cercada de montanhas, o voo é mais que estilo é uma forma de vida.
Esporte chegou na região há 13 anos
Se o voo de parapente é uma opção de vida na Zona Oeste, isto se deve ao trabalho do instrutor Orlando Faustino. Foi ele que, em 1999, fundou a primeira rampa e escola de voo da região, a Aladim:
— Eu comecei a voar em 1997, na Grota Funda e em São Conrado. Mas percebi que aqui também tem muitos espaços para o vôo e vim para cá.
Na escola, foram formados Alexandre e Aquino e uma série de outros "voadores" que já têm os próprios alunos. Agora a Aladim não funciona mais e os novos pilotos são formados em Paciência, na rampa Rural Rio, como o pastor Sandro Almeida:
— Eu sempre quis voar e quando conheci o Orlando na igreja não pensei duas vezes.
A Rural Rio fica em Paciência. Interessados no esporte podem obter informações pelos telefones: 7659-9543 ou 7702-6950.
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