Ao deixar a reunião com representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) no Rio, na manhã desta terça-feira, o governador Sérgio Cabral afirmou que os aeroportos são o único item que prejudica o desenvolvimento do estado. Depois de dizer que os integrantes da comitiva estão satisfeitos com o andamento do projeto da cidade para os Jogos Olímpicos de 2016, Cabral criticou a situação do Galeão. “O aeroporto, sem dúvida, é uma pedra no sapato. Está muito longe do ideal para a dimensão que o Rio está reconquistando e terá nos próximos anos”, disse, afirmando, em seguida, que acredita que a presidente-eleita Dilma Rousseff, de quem é aliado, vai “avançar muito nesta área”.
“O astral não poderia ser melhor na reunião. Se nós conseguirmos avançar no tema aeroporto, acho que completamos o dever de casa”, resumiu Cabral. Participam do encontro, entre outros integrantes do COI, o diretor de Jogos Olímpicos, Gilbert Felli, a presidente da Comissão de Coordenação dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Nawal El Moutawakel, o presidente do Comitê Organizador Rio 2016, Carlos Arthur Nuzmane e o diretor geral do Comitê Organizador, Leonardo Gryner. A passagem pela cidade é mais uma fase das reuniões de acompanhamento do Projeto Olímpico do Rio de Janeiro (Project Review). Por tradição, os integrantes do COI não dão entrevistas ou permitem que as visitas aos locais sejam acompanhados pela imprensa.
O “dever de casa” sobre os aeroportos, como definiu o governador do Rio, passa pelas privatizações. “O Brasil concedeu rodovias e foi um grande avanço. Concedeu telefonia e foi um grande sucesso. Tenho visto na França, nos Estados Unidos e na Ásia companhias de capital aberto que exploram comercialmente o aeroporto, oferecendo conforto. Acho que o governo não deveria colocar recursos, se há recursos no Brasil e no mundo, desejosos de operar a concessão de aeroportos brasileiros”, defendeu.
Nas palavras de Cabral, o estacionamento subterrâneo do Galeão é “horrível”. “Além disso, é proibido este tipo de estacionamento, por questões de segurança”, disse. “É preciso melhorar o terminal 1, que é claustrofóbico. Temos que ter um novo pátio de manobra, mais fingers e lojas”, criticou.
Obras – O prefeito Eduardo Paes, que deve acompanhar mais de perto as visitas da comitiva, disse, antes mesmo das visitas, que os integrantes do COI estão satisfeitos com o estágio da cidade. “Na prática, significa que estamos avançados no cronograma de realização das olimpíadas. E, mais importante que isso, estamos avançados no que de fato importa para a cidade”, afirmou, citando o Centro de Operações, que será inaugurado no dia 31, a Vila dos Atletas, cujas obras serão lançadas na quarta-feira, a Transoeste e o Transcarioca – corredores expressos de ônibus.
Sérgio Cabral disse ainda que o desafio do Rio é “superar Barcelona”. “Temos muito a fazer ainda. Acho que o nosso grande objetivo é deixar um legado e superar Barcelona, respeitando as proporcionalidades de estarmos na América do Sul e não na Europa. Mas acho que temos condições de, proporcionalmente, superar os espanhóis”, delarou.
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