Depois de três dias de julgamento, os quatro acusados pela tentativa de homicídio do motorista de kombi de transporte alternativo Marcelo Eduardo dos Santos Lopes, ocorrida na zona oeste do Rio de Janeiro em 2005, os irmãos Natalino e Jerônimo Guimarães, seu filho Luciano e Leandro Paixão Viegas, conhecido como Leandro Quebra-Ossos, foram absolvidos, segundo a rádio CBN.
Por quatro votos a três, o 4º Tribunal de Júri, no centro da capital fluminense, considerou que os acusados são inocentes. A decisão só saiu na madrugada desta quinta-feira. A promotoria ainda não decidiu se vai recorrer da decisão.
Histórico
Este é o segundo dia de julgamento do crime que teria ocorrido em junho de 2005. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado, o grupo é acusado de tentar cobrar um pedágio diário de R$ 42 dos cerca de 60 motoristas que faziam o trajeto Jardim Maravilha-Campo Grande. Marcelo Lopes, por discordar do pagamento, sofreu um atentado, do qual escapou ileso. Todos os denunciados já cumprem pena por formação de quadrilha no presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Após a oitiva de testemunhas de defesa e de acusação do julgamento, ocorrida na última terça-feira, e do interrogatório dos acusados, que ocorreu na manhã desta quarta-feira, foi iniciada uma fase de debates entre as duas partes.
No primeiro dia de trabalhos no 4º Tribunal de Júri, foram ouvidas oito testemunhas - quatro de acusação e quatro de defesa. Entre eles, Eduardo Pinta da Cunha, ex-policial civil, que está preso acusado de integrar uma milícia, e outro policial, Ricardo Alves Pereira. Foi Pereira quem abordou os carros de Natalino e Jerominho após a tentativa de homicídio, em 2005. Ele alega que não havia prova para detê-los.
Também prestaram depoimento ao júri o delegado Antônio Silvino, que dirigiu o inquérito sobre o crime na época, e o coronel Dario Cony dos Santos, comandante do Regimento de Polícia Montada e acusado pelos irmãos de ter armado a trama para incriminá-los. Ambos alegaram ter ciência das atividades criminosas realizadas pelo grupo em favelas da zona oeste do Rio de Janeiro, mas disseram que não têm qualquer tipo de participação em atividade ilícita, tampouco com traficantes da região do Barbante.
Natalino, ex-deputado estadual, e Jerominho, ex-vereador, permanecem algemados durante todo o julgamento - a juíza Elizabeth Machado Louro negou o pedido da defesa para que os irmãos pudessem retirar as algemas. Depois do primeiro dia de julgamento, eles passaram a noite no presídio de Bangu 2.
O processo foi retomado este ano. Uma discussão entre uma defensora pública e a juíza sobre a necessidade da presença de uma testemunha (o hoje deputado federal Rodrigo Bethlem, do PMDB-RJ), em outubro do ano passado, adiou o julgamento.
A Liga da Justiça, no auge de seu período de atuação, dominou importantes comunidades da zona oeste do Rio - como Rio das Pedras e Gardênia Azul. Natalino Guimarães, ex-deputado estadual pelo DEM e ex-inspetor de Polícia Civil, foi preso em julho de 2007, após ser flagrado em casa numa reunião com cerca de 15 homens - todos supostamente membros da Liga da Justiça. Houve tiroteio e Natalino foi interceptado quando tentava uma fuga de carro. Detido, ele promoveu a cena que ficou marcada na época ao levantar as mãos algemadas gritando inocência.
A cena acabou reproduzida, anos mais tarde, no filme Tropa de Elite 2 - quando um dos envolvidos com a milícia na trama, o deputado Fortunato, sai algemado e faz o mesmo gesto, após ser detido dentro da Assembleia Legislativa do Rio. Jerominho, pelas mesmas acusações de chefiar a milícia armada, foi preso antes, em dezembro de 2007.
Por quatro votos a três, o 4º Tribunal de Júri, no centro da capital fluminense, considerou que os acusados são inocentes. A decisão só saiu na madrugada desta quinta-feira. A promotoria ainda não decidiu se vai recorrer da decisão.
Histórico
Este é o segundo dia de julgamento do crime que teria ocorrido em junho de 2005. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado, o grupo é acusado de tentar cobrar um pedágio diário de R$ 42 dos cerca de 60 motoristas que faziam o trajeto Jardim Maravilha-Campo Grande. Marcelo Lopes, por discordar do pagamento, sofreu um atentado, do qual escapou ileso. Todos os denunciados já cumprem pena por formação de quadrilha no presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Após a oitiva de testemunhas de defesa e de acusação do julgamento, ocorrida na última terça-feira, e do interrogatório dos acusados, que ocorreu na manhã desta quarta-feira, foi iniciada uma fase de debates entre as duas partes.
No primeiro dia de trabalhos no 4º Tribunal de Júri, foram ouvidas oito testemunhas - quatro de acusação e quatro de defesa. Entre eles, Eduardo Pinta da Cunha, ex-policial civil, que está preso acusado de integrar uma milícia, e outro policial, Ricardo Alves Pereira. Foi Pereira quem abordou os carros de Natalino e Jerominho após a tentativa de homicídio, em 2005. Ele alega que não havia prova para detê-los.
Também prestaram depoimento ao júri o delegado Antônio Silvino, que dirigiu o inquérito sobre o crime na época, e o coronel Dario Cony dos Santos, comandante do Regimento de Polícia Montada e acusado pelos irmãos de ter armado a trama para incriminá-los. Ambos alegaram ter ciência das atividades criminosas realizadas pelo grupo em favelas da zona oeste do Rio de Janeiro, mas disseram que não têm qualquer tipo de participação em atividade ilícita, tampouco com traficantes da região do Barbante.
Natalino, ex-deputado estadual, e Jerominho, ex-vereador, permanecem algemados durante todo o julgamento - a juíza Elizabeth Machado Louro negou o pedido da defesa para que os irmãos pudessem retirar as algemas. Depois do primeiro dia de julgamento, eles passaram a noite no presídio de Bangu 2.
O processo foi retomado este ano. Uma discussão entre uma defensora pública e a juíza sobre a necessidade da presença de uma testemunha (o hoje deputado federal Rodrigo Bethlem, do PMDB-RJ), em outubro do ano passado, adiou o julgamento.
A Liga da Justiça, no auge de seu período de atuação, dominou importantes comunidades da zona oeste do Rio - como Rio das Pedras e Gardênia Azul. Natalino Guimarães, ex-deputado estadual pelo DEM e ex-inspetor de Polícia Civil, foi preso em julho de 2007, após ser flagrado em casa numa reunião com cerca de 15 homens - todos supostamente membros da Liga da Justiça. Houve tiroteio e Natalino foi interceptado quando tentava uma fuga de carro. Detido, ele promoveu a cena que ficou marcada na época ao levantar as mãos algemadas gritando inocência.
A cena acabou reproduzida, anos mais tarde, no filme Tropa de Elite 2 - quando um dos envolvidos com a milícia na trama, o deputado Fortunato, sai algemado e faz o mesmo gesto, após ser detido dentro da Assembleia Legislativa do Rio. Jerominho, pelas mesmas acusações de chefiar a milícia armada, foi preso antes, em dezembro de 2007.
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